quarta-feira, 16 de maio de 2012

POEMA SEM MERCADO

Todas as palavras que aqui escrevo
Têm uma dignidade que não se sujeita
Ao comércio que rejeito e rejeitas
Não se vendem não se compram
Não se trocam por nada.

Toma-as pelo que são
Maus versos talvez
De súplica e exaltação
Uma dádiva da privação
Mas não te esqueças nunca
Cada palavra aspira à suprema
Qualidade de ser o que é
Inteira e livre
Como tu.

4 comentários:

Anónimo disse...

poema-resistência, poema-ave, poema anti-mercado/ria, poema-macondo, poema-pasárgada, poema-xangri-lá, poema-olimpo, poema-valhala. É sempre bom encontrar a 'sublime porta' aberta. Obrigado.

Luiza Maciel Nogueira disse...

bons, bons demais

beijos

Ricardo António Alves disse...

Meu caro Rodrigo, sempre generoso!
Forte abraço

Ricardo António Alves disse...

Querida Luiza, eu vou acreditar :|
Beijo grande