Do ar júlio engenheiro jovem
Alto poeta pinta a menina que se
Dá ao bácoro burguês não
Faz mal pensa a menina três
Minutos de nojo o olfacto
Não estranha já.
Podia ser minha neta pensa
O burguês sebento bácoro
São três minutos de engano eu
Bácoro e sebento outros serão
Muitos mais foram.
Do ar júlio jovem pintor e
Alto poeta pensa que a miséria
Humana será lavada com tinta
Cor do sangue.
E chora.
5/6-III-2012
Júlio, O Burguês e a Menina
Centro de Arte Moderna, Lisboa
6 comentários:
É..., amigo, fica difícil ser poeta quando os Donos-do-Capital convertem nossas Musas em uma coisa triste e mesquinha. Um misto de nojo e melancolia se instala no meu peito quando penso que as mulheres jovens e belas deveriam estar com os poetas jovens (belos ou não) e não com os burgueses sem um pingo de emoção.
Como diz Mallarmé: "A carne é triste, sim, e eu li todos os livros."
Abraços, amigo poeta.
Salvem-se as poetas, caro Rodrigo!...
Abraço
salvem-se os poetas, sem dúvida!
e que nos salve a poesia -- o poema nosso de cada dia nos dai hoje :)
Amém!
O último reduto dos sonnhadores é a poesia.
Como vocês dizem: é isso aí :)
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