quarta-feira, 28 de março de 2012

JÚLIO, DO AR


 Do ar júlio engenheiro jovem
Alto poeta pinta a menina que se
Dá ao bácoro burguês não
Faz mal pensa a menina três
Minutos de nojo o olfacto
Não estranha já.

Podia ser minha neta pensa
O burguês sebento bácoro
São três minutos de engano eu
Bácoro e sebento outros serão
Muitos mais foram.

Do ar júlio jovem pintor e
Alto poeta pensa que a miséria
Humana será lavada com tinta
Cor do sangue.

E chora.
5/6-III-2012

Júlio, O Burguês e a Menina
Centro de Arte Moderna, Lisboa