Era uma árvore sem nome que à noite
não em todas as noites mas em algumas
se tornava quase luminescente
como um tic vegetal da sua alegria
mas as corujas e os morcegos
as corujinhas e os mochos
ficavam tão perplexos
que desapareciam
e no entanto ela era assim
porque aquela árvore albergava
um sentimento em cada folha
e a luminescencia apenas era
a excitaçao do seu coração
numa noite de tempestade
um raio abrigou-se na sua copa
mas esta não apagou as suas luzes
e o raio desfez-se
há que ter em atenção
que em cada amanhecer
a árvore apagava-se
isto é dormia
às vezes despertava
cheia de passarinhos
mas não era a mesma coisa
1 comentário:
óptima tradução de um importante poeta e que muito admiro.
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