quarta-feira, 31 de outubro de 2012

CHUVA

E havia
Aquelas tardes de 
Outono quando 
chuva aparecia 
Sem avisar a praia 
Convidava ao puro 
Repouso sem outra 
Coisa em mente que 
Não o escorregar da 
Areia por entre os 
Dedos à cadência de 
Cada onda a 
Estatelar-se com
Estrondo.


Ficávamos 
Por ali, indiferentes 
À moinha, gratos 
Pelo que a vida 
Nos dava, sem 
Pedir nada em 
Troca.

Maio 2008

4 comentários:

Luiza Maciel Nogueira disse...

como que em encantamento...beijo.

Ricardo António Alves disse...

puro encantamento :|
outro

Gavine Rubro disse...

Intimismo minimalista e profundo.
Gostei imenso desse poema-Flash nostálgico.


Gostei muito do blogue
Abraço,
Gavine

Ricardo António Alves disse...

Muito obrigado, Gavine!
Abraço